ONU: A população mundial deve aumentar para 9,7 bilhões em 2050

Fonte: Diário do Povo Online    18.06.2019 15h41

A Divisão de População, do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, afirmou num novo relatório que a população mundial deve atingir o seu pico de quase onze bilhões até o fim do século.

Mas o diretor da Divisão de População, John Wilmoth, alerta que 2100 está a muitas décadas de distância, sendo assim, este resultado "não é certo, e no final o pico pode vir mais cedo ou mais tarde, a um nível mais baixo ou mais elevado da população total"

As novas projeções populacionais indicam que nove países serão responsáveis por mais de metade do crescimento da população projetado entre agora e 2050. Em ordem decrescente do esperado aumento, são: Índia, Nigéria, Paquistão, Congo, Etiópia, Tanzânia, Indonésia, Egito e Estados Unidos.

Na África subsariana, a população é projetada para quase dobrar até 2050, disse o relatório.

O subsecretário-geral dos Assuntos Econômicos e Sociais, Lu Zhenmin, afirmou numa declaração: "Muitas das populações em crescimento mais rápido estão nos países mais pobres, onde o crescimento demográfico traz desafios adicionais no esforço de erradicação da pobreza", promover a igualdade entre homens e mulheres e melhorar os cuidados de saúde e a educação.

O relatório confirmou que a população mundial está envelhecendo devido ao aumento da espectativa de vida e à diminuição dos níveis de fertilidade.

A taxa global de fertilidade caiu de 3,2 nascimentos por mulher em 1990 a 2,5 nascimentos em 2019 e e espera-se declinar para mais de 2,2 nascimentos até 2050.

Uma taxa de fertilidade de 2,1 nascimentos por mulher é necessária para garantir a substituição da população e evitar a diminuição, de acordo com o relatório.

Em 2019, a taxa de fertilidade na África subsariana foi a mais alta em 4.6 nascimentos por mulher, com ilhas do Pacífico, norte da África, e oeste, centro e sul da Ásia acima do nível de substituição, disse o relatório.

Wilmoth, o chefe da Divisão de População, disse numa conferência de imprensa onde lançou o relatório que a taxa de crescimento da população está diminuindo à medida que o nível de fertilidade diminui gradualmente. A esta diminuição geralmente segue uma redução do nível de mortalidade, razão do início do crescimento populacional, disse ele.

Wilmoth destacou que vários fatores levam a uma menor fertilidade, incluindo o aumento da educação e do emprego, especialmente para as mulheres, e mais empregos em áreas urbanas do que rurais, que motivam as pessoas a migrarem de famílias grandes e caras para famílias menores.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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