As ruínas de Liangzhu foram inscritas na Lista de Patrimônio Mundial da UNESCO
É contado a cada chinês na escola que a civilização do país tem 5,000 anos, mas provar isso tem sido um dilema.
Agora, um artigo de jade intitulado “Rei de Cong”, encontrado na cidade de Liangzhu, próximo de Hangzhou, a capital da província de Zhejiang, garantiu uma resposta.
De acordo com a datação por radiocarbono, o item de 6,5kg, apresentando padrões decorativos avançados e emblemas sagrados, apresenta 5,300 anos de existência.
Trata-se de um dos maiores e mais complexos ornamentos de cong (um tipo de jade que forma um tubo com uma secção interna circular) de Liangzhu.
O item conseguiu agora um maior reconhecimento global, no seguimento das Ruínas Arqueológicas da Cidade de Liangzhu terem sido inscritas na Lista de Patromônio Mundial da UNESCO, no sábado, durante a 43ª sessão do Comitê de Patrimônio Mundial em Baki, Azerbaijão, se tornando a 55ª entrada chinesa na lista.
A cidade antiga contém mais exemplares além de artigos de jade.
A área central, espalhada ao longo de 14,3km2 no distrito Yuhang de Hangzhou, inclui não só as ruínas, mas 11 barragens e vários cemitérios, todos com cerca de 5,000 anos. As provas arqueológicas demonstram que Liangzhu foi habitada por cerca de 1,000 anos.
“As ruínas arqueológicas de Liangzhu (3300 a 2300 A.C.) revelam um Estado prematuro, com um sistema de valores unificado, com base no cultivo de arroz, no final do neolítico na China”, disse o comitê da UNESCO.
De acordo com estudos levados a cabo por Liu Bin, o diretor do Instituto Provincial de Relíquias Culturais de Zhejiang, a secção interna da cidade antiga abrange 2,8km2, cerca de 5 vezes a área da Cidade Proibida em Beijing, e a cidade externa abrange 6,3km2.