O presidente Jair Bolsonaro reafirmou nesta terça-feira que, de sua parte, "está definido" que seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo Partido Social Liberal (PSL) e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, será nomeado embaixador do Brasil em Washington.

Após participar de uma reunião com ministros no Palácio da Alvorada (residência oficial do presidente), Bolsonaro destacou que ainda faltam alguns passos antes de tornar a nomeação oficial.

"Por mim, está definido. Falei com ele (Eduardo), creio que anteontem (domingo). Há interesse. Estamos preocupados, é uma grande responsabilidade", declarou.

O presidente disse também que entre os passos que faltam para a oficialização está a tradicional consulta que o governo deve fazer ao país que receberá o novo embaixador, neste caso, os Estados Unidos.

"Há um longo caminho a percorrer. Há um termo técnico para que os Estados Unidos vejam se existe algo contra, é natural que façam isso. Tem que conversar com o Parlamento", acrescentou.

Bolsonaro tornou pública sua intenção de nomear Eduardo para a embaixada em Washington na quinta-feira da semana passada e, desde então, a possibilidade, que deve ser analisada e aprovada pelo Senado, tem sido muito comentada por políticos e diplomatas.

Questionado se teme que o assunto possa causar desgaste na sua relação com os senadores, o presidente respondeu que, caso o Senado decida não aprovar o nome de Eduardo, ele continuará com suas atividades como deputado e "ponto final".

Segundo o jornal Folha de São Paulo, interlocutores do governo já começaram a se movimentar nos bastidores para tentar aprovar o nome de Eduardo Bolsonaro no Senado.

O deputado, que semana passada completou 35 anos, idade mínima para poder ser nomeado ao posto, tem dito que conta com o apoio do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para assumir a embaixada em Washington, que está acéfala há três meses.