Em resposta a um processo contra a política de proibição de trazer comida ou bebidas do exterior, a Disneyland de Shanghai alegou na segunda-feira em sua defesa que a regra é “consistente com vários outros parques temáticos na China” e que “os visitantes podem desfrutar da sua própria comida e bebida fora do parque”.
O processo foi levantado por uma estudante de direito em Shanghai, após ter sido abordada pela segurança do parque no sentido de se desfazer ou terminar os snacks que havia trazido na sua mochila. De modo a entrar no parque, ela teve de deitar fora os snacks, que totalizavam uma importância de 46,3 yuans (cerca de $6,60), após uma série de tentativas de resistência, incluindo disputas verbais com a segurança e chamadas para a polícia, de acordo com o jornal thePaper.cn.
A estudante, de nome Wang, da Universidade de Ciência Política e Direito do Este da China, realizou uma viagem ao parque no final de janeiro e levou o caso ao Tribunal Popular da Nova Área de Pudong, onde o parque temático se encontra localizado.
Ela apelou a que a proibição do parque terminasse e que a sua perda fosse compensada. O caso foi a julgamento a 23 de abril, sendo que o veredito se encontra pendente.
Em uma sondagem online pelo portal shobserver.com, 40% dos que responderam disseram não se importar com tal política, desde que não existisse diferença de preços entre os alimentos vendidos dentro e fora do parque. A sondagem atraiu mais de 3,000 pessoas em menos de 6 horas.
A Disneyland de Shanghai baniu alimentos, bebidas alcoólicas e não-alcoólicas do exterior desde novembro de 2017, mais de um ano após a sua abertura.
Esta não é a primeira vez que a Disneilândia de Shanghai é alvo de um processo devido a esta política. Em junho de 2018, um advogado de Suzhou acusou o parque de violar os direitos dos consumidores, porém, o tribular negou a acusação.
Em todo o mundo, três de seis dos parques da Disneyland permitem a entrada de alimentos e bebidas, sendo que os três localizados na Ásia – Tóquio, Hong Kong e Shanghai – empreendem uma política de interdição.