A autoridade aeroportuária de Hong Kong começou a implementar nesta quarta-feira novas medidas de segurança nos terminais do Aeroporto Internacional de Hong Kong após quase mil voos serem cancelados nos últimos dias devido aos agrupamentos ilegais.
A autoridade aeroportuária condenou veementemente os incidentes violentos da terça-feira, e os recentes agrupamentos que impactaram seriamente a operação do aeroporto e ameaçaram a segurança tanto dos passageiros quanto dos funcionários, declarou o diretor executivo da Autoridade Aeroportuária de Hong Kong, Fred Lam, em uma coletiva de imprensa interdepartamental realizada pelo governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK).
Desde sexta-feira, 979 voos foram cancelados, somente na terça, 421 voos, ou seja, mais de 30% do tráfego diário total do aeroporto, foram cancelados, e o número de passageiros diminuiu 40%, de acordo com Lam.
"Se a situação continuar assim, afetará não apenas o deslocamento de um grande número de passageiros, mas também prejudicará severamente a indústria de aviação de Hong Kong", disse ele, acrescentando que para garantir que o aeroporto opere tranquilamente e a segurança aérea, foram montados postos de controle na tarde de quarta-feira em diferentes partes dos terminais para implementar as novas medidas de segurança.
Apenas funcionários do aeroporto e passageiros com passagens aéreas ou cartões de embarque para as próximas 24 horas e documentos de viagem válidos serão permitidos nos terminais.
A autoridade aeroportuária divulgou na quarta-feira que obteve uma liminar temporária para impedir que pessoas obstruam ou interfiram ilegalmente ou intencionalmente no uso adequado do Aeroporto Internacional de Hong Kong.
Frank Chan, secretário de transportes e habitação do governo da RAEHK, exortou os envolvidos nos agrupamentos a cumprir a liminar e deixar o local o mais rápido possível.
Os recentes agrupamentos no aeroporto prejudicaram a reputação de Hong Kong como um hub de aviação internacional, assim como os setores de turismo, comércio e logística, disse Chan na coletiva de imprensa.
"Devemos dizer não à violência", disse ele. "Somente com o fim da violência é que Hong Kong poderá seguir em frente".
Edward Yau, secretário do comércio e desenvolvimento econômico do governo da RAEHK, disse na coletiva que os incidentes violentos no aeroporto não apenas prejudicaram consideravelmente a reputação internacional de Hong Kong de ser uma cidade pacífica, estruturada e hospitaleira, mas também prejudicaram a sua economia.
"Eu mais uma vez apelo à população que manifeste suas demandas de maneira pacífica e ordenada e retome a razão para pôr fim aos recentes atos de violência e evitar um maior impacto negativo sobre a vida das pessoas e a economia de Hong Kong", disse ele.