Os Estados Unidos devem revogar imediatamente a venda planejada de aviões de combate F-16 a Taiwan ou aceitar as possíveis consequências, instou o Ministério das Relações Exteriores da China na segunda-feira (19), depois de o presidente americano Donald Trump ter sido citado nos relatórios como dizendo que ele tinha dado luz verde ao acordo de US$8 bilhões.
Trump disse que tinha aprovado o acordo em Nova Jersey no final da semana passada, a Agência Central de Notícias de Taipei informou na segunda-feira.
Falando em uma conferência de imprensa em Beijing na segunda-feira, o porta-voz da chancelaria chinesa Geng Shuang disse que estava ciente dos relatórios, e repetiu a firme oposição da China à venda planejada.
A China apresentou várias vezes aos Estados Unidos declarações solenes sobre a venda, o que viola gravemente o princípio da China única e as estipulações nas três comunicações conjuntas China-EUA, disse Geng.
O movimento também constitui uma séria interferência nos assuntos internos da China e mina a soberania e os interesses de segurança da China, disse Geng.
A questão de Taiwan diz respeito à soberania e integridade territorial da China, bem como aos seus principais interesses, e a China está firmemente determinada a salvaguardar a sua soberania e segurança, afirmou Geng. Exortou os Estados Unidos a compreenderem plenamente o perigo grave causado pela questão das suas vendas de armas a Taiwan.
Além disso, os EUA deveriam "cancelar imediatamente a venda planejada e cortar as suas vendas de armas para Taiwan, bem como desfazer os seus laços militares com Taiwan, ou devem arcar com todas as consequências", ponderou Geng, acrescentando que a China tomará as medidas necessárias para salvaguardar os seus interesses à medida que a situação se desenvolve.
Também na segunda-feira, Ma Xiaoguang, porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, exortou os EUA a pararem imediatamente a venda de armas planejada a Taiwan e a absterem-se de enviar um "sinal seriamente errôneo" aos dissidentes de Taiwan.
"Ninguém deve subestimar nossa vontade e capacidade de salvaguardar a soberania Nacional e integridade territorial", afirmou ele, acrescentando que o líder de Taiwan Tsai Ing-wen e seu Partido Democrático Progressista, o partido dirigente da Ilha, sacrificaram os interesses das pessoas em todo o Estreito de Taiwan para pagar uma pesada "taxa de proteção" e se tornar "peões" dos EUA. No final, eles serão para sempre estampados na parede da vergonha na história, ele enfatizou.
O acordo dos EUA envolve o jato de combate 66 F-16V, e seria a primeira venda a Taiwan desde 1992, se aprovada pelo Congresso dos EUA.