A China e os EUA concordaram em remover progressivamente as tarifas alfandegárias que aplicam mutuamente, à medida que são dados passos para alcançar um acordo comercial integral, segundo um anúncio do Ministério do Comércio chinês na quinta-feira.
Ao longo das últimas duas semanas, as equipes de negociação de ambos países levaram a cabo discussões construtivas, tendo chegado a acordo para remover as tarifas implementadas até à data, ao longo de diferentes fases, após terem sido firmados novos progressos rumo a um acordo bilateral, segundo informou Gao Feng, porta-voz do ministério durante um comunicado semanal.
Se a China e os EUA atingirem um acordo inicial, ambos devem simultaneamente remover as tarifas impostas anteriormente em proporção semelhante. De acordo com Gao, trata-se de “uma condição importante para a assinatura de um acordo preliminar”.
“Relativamente à proporção de tarifas que devem ser levantadas, os dois países podem negociar com base na primeira fase do acordo”, disse.
“O conflito comercial começou devido à imposição de taxas alfandegárias, por isso a trégua só poderá ser alcançada com a sua eliminação”, acrescentou.
Foi já aventado que os dois países poderiam assinar um acordo comercial, entretanto cancelado, no Encontro de Líderes para a Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico, que deveria ter lugar no Chile no final do mês.
Inquirido sobre a possível localização e data para a assinatura do acordo, Gao afirmou não ter ainda novas informações.
Um grupo estadunidense contrário à guerra comercial, adiantou na quarta-feira que os consumidores e negócios dos EUA estariam pagando $38 bilhões adicionais entre fevereiro de 2018 e setembro de 2019 em função do conflito comercial.
Em setembro, os consumidores dos EUA pagaram $7,1 bilhões em tarifas – um acréscimo de 59% em termos anuais, de acordo com o grupo “Tariffs Hurt the Heartland”, apoiado por mais de 150 empresas e associações comerciais agrícolas.
Entretanto, a Administração Geral Alfandegária e o Ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais estão estudando o levantamento de restrições às exportações de carne de aves para a China, de acordo com a Xinhua na quinta-feira.