Shenzhen, 30 dez (Xinhua) -- O pesquisador chinês, He Jiankui, foi condenado a três anos de prisão e multado em 3 milhões de yuans (cerca de US$ 430 mil) por realizar ilegalmente a edição genética de embriões humanos com o fim de reprodução, que resultou no nascimento de três bebês geneticamente editados. A informação foi revelada nesta segunda-feira pelo tribunal popular do distrito de Nanshan, na cidade de Shenzhen, no sul da China.
A corte divulgou que He, ex-professor associado da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul, foi condenado por prática médica ilegal junto com outras duas pessoas.
Zhang Renli e Qin Jinzhou, de dois institutos médicos da Província de Guangdong, foram condenados respectivamente a dois anos de prisão e 18 meses de prisão, com dois anos suspensos, além de receberem multas.
De acordo com o veredicto, os três, não qualificados para trabalharem como médicos, violaram conscientemente os regulamentos e princípios éticos do país ao aplicarem a edição genética à medicina de reprodução assistida humana.
O documento destacou que seus atos foram praticados "em busca de fama e ganho pessoal" e que gravemente "interromperam a ordem médica".
Os três confessaram a culpa durante o julgamento.
He afirmou em novembro de 2018 que os primeiros bebês geneticamente editados do mundo nasceram com seus DNAs alterados para os impedir de contrair AIDS. A notícia causou grande reação da área científica e levou a uma investigação imediata pelas autoridades.