A China permanece um ímã para o investimento estrangeiro, pois suas portas se abrem mais amplamente e o ambiente de negócios continua a melhorar, disse o ministro do Comércio, Zhong Shan, em uma entrevista à Xinhua.
Apesar do efeito da epidemia do coronavírus e do crescente sentimento protecionista, as empresas estrangeiras expandiram seu investimento na segunda maior economia do mundo durante o primeiro semestre do ano.
O número de projetos com investimento acima de US$ 100 milhões atingiu 320 durante o período, mostrando que o país ainda tem grande atração para os investidores estrangeiros.
"Não acho que os investidores estrangeiros inteligentes desistirão do mercado chinês", disse Zhong, citando o enorme mercado do país, o melhor ambiente de negócios e a cadeia industrial completa.
O ministro promete maiores esforços para expandir a abertura durante o segundo semestre, e incentiva mais investimento estrangeiro nas regiões do centro e oeste assim como na antiga base industrial no nordeste.
A China também continuará a melhorar o ambiente de negócios e a proteger os direitos de propriedade intelectual, acrescentou.
ESTABILIZAR O COMÉRCIO EXTERIOR
As empresas do comércio exterior da China enfrentarão maiores desafios durante o segundo semestre, devido à decrescente demanda externa e ao crescente sentimento de desglobalização.
O Ministério do Comércio aumentará seu apoio de política às empresas do comércio exterior e introduzirá mais medidas como reembolsos tributários para exportação, créditos do comércio exterior e seguro de crédito de exportação para ajudá-las a superar as dificuldades, indicou Zhong.
Além de consolidar os mercados tradicionais, Zhong enfatizou a exploração dos mercados emergentes e o aprofundamento da cooperação com os países ao longo do Cinturão e Rota em um esforço para estabilizar o comércio exterior.
O ministério apoiará as empresas na construção de redes de marketing e armazéns no exterior e incentivará o desenvolvimento de novas formas de negócios como o comércio eletrônico transfronteiriço, disse.
Ao mesmo tempo, o país expandirá as importações para promover a demanda nacional e elevar a confiança dos mercados mundiais, disse.
IMPULSIONAR O CONSUMO DOMÉSTICO
Como a recuperação econômica do país ganha impulso em meio à contínua contenção da COVID-19, o mercado de consumo da China aqueceu-se nos últimos meses.
As vendas varejistas dos bens de consumo, um principal indicador do crescimento de consumo, caiu 3,9% no segundo trimestre, diminuindo 15,1 pontos percentuais ante a queda registrada no primeiro trimestre.
Para promover ainda mais o consumo doméstico, mais esforços devem ser feitos para atualizar o consumo dos moradores urbanos, expandir a cobertura do comércio eletrônico nas áreas rurais e desenvolver o consumo de serviços, segundo Zhong.