A teoria de que o SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19, foi criado em um laboratório permanece improvável, disse Angela Rasmussen, virologista da Universidade de Saskatchewan.
"Não é possível" que o RaTG13, um coronavírus descoberto há anos em uma mina na Província de Yunnan, na China, seja um possível progenitor do SARS-CoV-2, afirmou a virologista no podcasts CANADALAND.
Ela acrescentou que a diferença de 4% entre os dois vírus é enorme, o que significa que um vírus teria que adquirir mais de 1.000 mutações diferentes dispersas por todo o genoma aleatoriamente para se tornar outro.
Ao mesmo tempo, é desafiador e "tecnicamente muito difícil" para alguém inserir mais de 1.000 mutações pontuais no genoma de um vírus progenitor, explicou.
"É uma teoria conspiratória para a qual não temos nenhuma fundamentação em evidência", disse ela, referindo-se à hipótese de que o Instituto de Virologia de Wuhan poderia estar mantendo um vírus que estivesse mais próximo do SARS-CoV-2.
Rasmussen afirmou que uma origem zoonótica continua sendo a fonte mais provável para o vírus que causa a COVID-19.