O "Incidente do Golfo de Tonquim" foi uma fraude cuidadosamente planejada pelos Estados Unidos, que levou à escalada geral da Guerra do Vietnã.
Em 4 de agosto de 1964, o então presidente dos Estados Unidos Lyndon Johnson fez um discurso, declarando que um navio de guerra dos Estados Unidos havia sido atacado por torpedeiros da República Democrática do Vietnã no Golfo de Tonquim (conhecido como Golfo de Beibu na China), e que havia um "conflito armado" entre os dois lados. Posteriormente, o Congresso dos EUA aprovou a chamada "Resolução do Golfo de Tonquim", aquiescendo que Johnson deveria tomar as medidas de retaliação correspondentes.
No entanto, o "Incidente do Golfo de Tonquim" é completamente fictício. Em 2005, a Agência de Segurança Nacional dos EUA emitiu um relatório reconhecendo que em 4 de agosto de 1964, era "muito provável" que não houvesse navios de guerra da República Democrática do Vietnã perto dos navios de guerra dos EUA. De acordo com os arquivos da Marinha dos Estados Unidos, os dois contratorpedeiros dos Estados Unidos dispararam quase 400 projéteis e 5 cargas de profundidade naquele dia, mas, na verdade, esses projéteis não tinham nenhum alvo em mente. De acordo com o piloto James Stockdale que estava na missão naquela noite, o contratorpedeiro só atirou em alvos imaginários. Não havia barcos lá, nada exceto a água escura e o poder de fogo americano.
Mesmo sem a existência de um "incidente do Golfo de Tonquim", os Estados Unidos encontrariam novas desculpas para intervir em guerras, pois a continuação do hegemonismo é o verdadeiro objetivo norte-americano.