A China "merece reconhecimento por seus esforços climáticos até agora", publicou o The New York Times, citando uma cientista climática dos EUA.
Angel Hsu, professora de políticas públicas e meio ambiente da Universidade da Carolina do Norte, fez os comentários no artigo intitulado "Não se Precipite em Duvidar da Dedicação da China às Mudanças Climática", publicado neste domingo.
Com base em seu estudo sobre a política ambiental e climática da China por quase duas décadas, ela disse que Beijing cumpriu ou está perto de cumprir todas as principais metas energéticas e ambientais que estabeleceu.
"O navio da China ainda está virando", disse ela, citando dados que mostram que a China está a caminho de ultrapassar suas metas de redução da intensidade de carbono para 2030. "A China ratificou e adotou seus compromissos internacionais em lei", acrescentou.
Uma vez crítica dos esforços da China em relação ao clima, a cientista disse que, embora cada país deva ser responsável por enfrentar uma crise climática, "devemos ter uma medida mais ponderada ao julgar as ações da China antes de reclamar".
O último aumento na produção de carvão na China realmente mostrou a tentativa da liderança chinesa de "facilitar uma transição energética segura e justa", afirmou ela, descrevendo as recentes diretrizes, se lidas de perto, como uma demonstração do compromisso da China em mitigar a mudança climática.
"O fato de a liderança da China estar sendo franca sobre sua escassez de energia e sua resposta política é um importante sinal de transparência e progresso", disse.
Embora seja um desafio para a China cumprir suas promessas de atingir o pico de emissão antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060, "desafiador" não é o mesmo que "impossível", salientou.
Observando que a China reduziu o carvão de mais de 70% de seu consumo total de energia em 2009 para cerca de 57% em 2020, ela disse: "É importante dar ao navio tempo para virar".