O presidente russo, Vladimir Putin, participa de sua coletiva de imprensa anual em Moscou, em 23 de dezembro de 2021. (Xinhua / Evgeny Sinitsyn)

O presidente russo, Vladimir Putin, elogiou na quinta-feira as relações Rússia-China e expressou firme apoio para que os dois países intensifiquem sua cooperação em uma ampla gama de esferas.

A Rússia e a China formaram "uma parceria absolutamente abrangente de natureza estratégica, que não tem precedentes na história", disse Putin durante sua entrevista coletiva anual.

"O volume anual do nosso comércio é superior a 100 bilhões de dólares americanos, superando os níveis pré-pandêmicos. A China é nosso parceiro comercial e econômico número um"，afirmou Putin à imprensa.

O presidente lembrou que a Rússia está fornecendo combustível para a China e que eles estabeleceram uma parceria no setor de energia nuclear.

Ele destacou a cooperação bilateral em alta tecnologia, exploração espacial, aviação civil, educação e defesa, dizendo que a Rússia e a China também estão cooperando no campo da segurança.

"Estamos desenvolvendo a cooperação entre as forças armadas dos dois lados, incluindo exercícios conjuntos, participação nos jogos militares internacionais e patrulhamento conjunto no mar e no ar", disse ele.

"Este intenso trabalho diário beneficia tanto o povo chinês quanto o russo e é um sério fator de estabilização na arena internacional", enfatizou Putin.

Falando sobre as Olimpíadas de Inverno de Beijing 2022, o presidente russo disse que é "inaceitável e errado" lançar o chamado "boicote diplomático".

"O esporte, assim como a arte, deve unir as pessoas, não criar problemas entre as pessoas e os países. Quando o esporte é privado desse valor fundamental, prejudica toda a comunidade internacional", disse Putin, que deve comparecer à cerimônia de abertura das Olimpíadas de Inverno de Beijing.

Ele acredita que aqueles que tentarem conter a China com o chamado boicote estão condenados ao fracasso porque o desenvolvimento econômico da China é imparável.

Putin realizou sua 17ª entrevista coletiva anual em Moscou e respondeu a mais de 50 perguntas sobre uma ampla gama de questões. O evento atraiu mais de 500 jornalistas e durou cerca de quatro horas.