O resultado da consulta pública realizada pelo Ministério da Saúde do Brasil sobre a vacinação em crianças de 5 a 11 anos, divulgada nesta terça-feira, mostrou que a maioria é contrária à necessidade de receita médica para imunização dessa faixa etária e não está de acordo com a obrigatoriedade da vacina para esse grupo.
A secretária extraordinária de Enfrentamento à COVID-19 do Ministério da Saúde, Rosane Leite de Melo, informou que 99.309 pessoas participaram da consulta disponibilizada pelo governo durante 11 dias.
"A maioria concordou com a não obrigatoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidades. A maioria foi contrária à necessidade de apresentar receita médica no ato de imunização", informou.
A secretária acrescentou que o governo apresentará nesta quarta-feira um documento com sua posição sobre a vacinação de crianças e adolescentes. A posição do ministério até agora tem sido favorável à vacinação das crianças de 5 a 11 anos com prévia apresentação de receita médica e consentimento dos pais.
Rosane de Melo disse ainda que o ministério deve se posicionar sobre a ordem de realização da vacinação.
Nessa segunda-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que as doses para a imunização das crianças devem começar a chegar no Brasil na segunda quinzena de janeiro.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de 20,5 milhões de crianças de 5 a 11 anos de idade.