O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) anunciou na quarta-feira que decidiu repor certas exclusões tarifárias anteriormente concedidas e estendidas da "Seção 301" para produtos chineses.

A determinação restabelece 352 das 549 exclusões elegíveis. As exclusões de produtos serão aplicadas a partir de 12 de outubro de 2021 e irão durar até 31 de dezembro de 2022, de acordo com um comunicado do escritório.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, lançou uma guerra comercial com a China e impôs tarifas adicionais sobre mais de US$ 300 bilhões de importações chinesas, citando a chamada Secção 301 da Lei de Comércio de 1974. Para conceder alguma margem de manobra a algumas empresas em determinados setores, Trump permitiu exclusões tarifárias para determinados produtos.

Com exceção dos produtos relacionados ao combate à Covid-19, a maioria das isenções tarifárias expirou no final de 2020.

Em outubro de 2021, a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, convidou o público a comentar sobre o restabelecimento das 549 exclusões anteriormente aplicadas.

"Acolhemos com satisfação o anúncio do USTR em outubro de abrir um processo de exclusão para um conjunto limitado de produtos. No entanto, esse processo está disponível apenas para aproximadamente 1% dos pedidos originais", disse a Americans for Free Trade, uma ampla coalizão de organizações comerciais, em uma carta aos líderes do Congresso no início de março.

"Para fornecer um alívio significativo, é necessário um processo mais robusto", disse a coalizão, observando que continuaria pedindo o fim das tarifas adicionais e tarifas de retaliação.

A coalizão citou um relatório recente da Moody's, que indicou que as tarifas "atingiram mais as empresas e os consumidores americanos", com a China absorvendo apenas 7,6% das tarifas "enquanto o restante da conta foi pago pelos americanos".

Também observou que artigos recentes destacaram que as tarifas estão tendo um impacto modesto, mas real, nas pressões inflacionárias.

"Um processo de exclusões novo, abrangente, transparente e justo ajudaria a aliviar a carga econômica sobre as empresas e consumidores americanos", referiu a coalizão.