As multinacionais que investem na China estão ganhando mais confiança à medida que o país libera ainda mais sua vitalidade econômica e social, disse Ricky Wong, vice-presidente da KPMG China.
"A economia da China terá uma forte recuperação em 2023, tornando-se o principal motor do crescimento econômico mundial", disse Wong à Xinhua em entrevista exclusiva durante a conferência anual do Fórum Boao para a Ásia (FBA).
A recuperação do consumo de serviços, particularmente nos setores de restaurantes, varejo e turismo, ganhará velocidade, disse Wong.
Ele acrescentou que algumas das poupanças acumuladas durante a epidemia devem ser liberadas à medida que a otimização da política chinesa contra a COVID e as medidas pró-consumo restaurarem a confiança do consumidor.
Para abraçar o mercado consumidor ultra-grande, muitas empresas multinacionais se voltaram para grupos de consumidores específicos e responderam à demanda do mercado rapidamente, procurando oportunidades em novos padrões, cenários e formas de negócios de consumo na China, disse Wong.
Ele observou que a acelerada transformação verde e a redução de emissões da China devem impulsionar um enorme aumento na demanda por equipamentos de proteção ambiental de substituição, o que provavelmente se tornará um novo ponto de crescimento para o comércio de importações.
Ele também disse que a China está acelerando o estabelecimento de um mercado nacional unificado, quebrando barreiras de mercado e acelerando o livre fluxo de bens e recursos, proporcionando assim maior conveniência para as empresas otimizarem a alocação de recursos.
A expansão constante da abertura institucional da China também atrairá mais investimentos estrangeiros, disse Wong, acrescentando que a China assinou 19 acordos de livre comércio com 26 países e regiões.
O país vem promovendo ativamente a implementação da Parceria Econômica Abrangente Regional e está buscando se juntar ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP, em inglês) e ao Acordo de Parceria da Economia Digital (DEPA, em inglês).
O FBA também se tornou uma plataforma para entender os sinais de abertura da China, observou Wong, que acredita que a China continuará comprometida em promover a abertura de alto nível e as empresas de todos os países têm a oportunidade de compartilhar dividendos de desenvolvimento neste país.