O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China fez comentários na quinta-feira (6) sobre a viagem de "trânsito" da líder taiwanesa Tsai Ing-wen pelos Estados Unidos. A seguir, a íntegra das observações:
Nos últimos dias, em desrespeito às severas representações e repetidas advertências apresentadas pela China, os Estados Unidos permitiram a viagem de "trânsito" de Tsai Ing-wen pelos Estados Unidos e a reunião de alto nível entre Tsai e o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, o terceiro funcionário de mais alto escalão do governo dos EUA.
Além disso, permitiram que funcionários dos EUA e membros do Congresso se comunicassem com Tsai e forneceram uma plataforma para Tsai fazer comentários separatistas em busca da "independência de Taiwan".
Em essência, os Estados Unidos conspiraram com as autoridades de Taiwan e foram coniventes com as tentativas de separatistas que buscam a "independência de Taiwan" de realizar atividades políticas em solo americano, engajar-se em interações oficiais entre os Estados Unidos e Taiwan e elevar as relações substantivas entre os Estados Unidos e Taiwan.
Tais atos violaram gravemente o princípio de Uma Só China e as disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA, infringiram gravemente a soberania e a integridade territorial da China e enviaram sinais seriamente errados às forças separatistas pela "independência de Taiwan". A China se opõe firmemente e condena veementemente esses atos, observou o MRE chinês.
O princípio de Uma Só China é um consenso universal da comunidade internacional e uma norma básica nas relações internacionais, e constitui a pré-condição e fundamento para a China e os Estados Unidos estabelecerem e desenvolverem relações diplomáticas. Nos três comunicados conjuntos China-EUA, os Estados Unidos assumiram compromissos inequívocos em manter relações não oficiais com Taiwan.
No entanto, durante um longo período de tempo, os Estados Unidos mantiveram obstinadamente a estratégia de "usar Taiwan para conter a China", descumprindo os compromissos previamente assumidos.
Eles vem desafiado incansavelmente os resultados financeiros e realizado provocações em questões como interação oficial com Taiwan, venda de armas e conivência militar com Taiwan, além de ajudar Taiwan a expandir seu chamado "espaço internacional" e tem continuamente obscurecido e esvaziado o princípio de Uma Só China.
Desde que assumiu o cargo, Tsai recusou-se a reconhecer o Consenso de 1992, que incorpora o princípio de Uma Só China; conivente, apoiou e impulsionou vários tipos de palavras e ações separatistas buscando a "independência de Taiwan" na ilha; e impulsionou a "independência" incremental sob vários tipos de disfarce. Como resultado, as relações através do Estreito foram severamente tensas.
A questão de Taiwan está no cerne dos principais interesses da China e a primeira linha vermelha que não deve ser cruzada nas relações China-EUA. A "independência de Taiwan" é absolutamente inconciliável com a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e é um caminho sem destino. Em resposta aos atos de conivência seriamente errôneos entre os Estados Unidos e Taiwan, a China tomará medidas resolutas e eficazes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial.
Mais uma vez, exortamos os Estados Unidos a respeitar o princípio de Uma Só China e as disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA, agir de acordo com seu compromisso de não apoiar a "independência de Taiwan" ou "duas Chinas" ou "uma China, uma Taiwan", cessar imediatamente todas as formas de interação oficial com Taiwan, parar de atualizar suas trocas substantivas com Taiwan, parar de criar tensões entre o Estreito de Taiwan, parar de usar Taiwan para conter a China e parar de seguir o caminho errado e perigoso.
