A comunidade internacional precisa ficar em alerta máximo contra as atividades de ciberataques realizadas pela Agência Central de Inteligência (CIA, sigla em inglês) dos Estados Unidos em todo o mundo, e os Estados Unidos devem parar de usar armas cibernéticas para realizar espionagem e ciberataques, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China na quinta-feira.
A porta-voz fez as declarações em uma coletiva de imprensa regular quando solicitada a comentar um relatório intitulado "império de hackers": a Agência Central de Inteligência dos EUA, emitido conjuntamente pelo Centro Nacional de Resposta a Emergências de Vírus de Computador da China e pela empresa de segurança na internet 360 Total Security nesta quinta-feira.
Mao citou o relatório, dizendo que a CIA coletou informações de inteligência de governos, empresas e cidadãos estrangeiros ao longo de muitos anos. O relatório também apontou que eles organizaram, dirigiram e supervisionaram ações secretas transfronteiriças e conduziram secretamente "evoluções pacíficas" e "revoluções coloridas" globalmente.
A Agência forneceu serviços de comunicação de rede criptografada, serviços de reconexão de redes e ferramentas de comunicação de comando no local para demonstrações a partes em conflito, desenvolveu softwares e "sistemas anticensura", além de realizar atividades de espionagem, disse Mao.
"A comunidade internacional precisa ficar em alerta máximo contra esses movimentos", disse ela, acrescentando que o grande número de casos ocorridos na China e em outros países divulgados pelo relatório atesta mais uma vez as atividades de ataque cibernético da CIA em todo o mundo ao longo dos anos.
A porta-voz disse que os Estados Unidos devem levar a sério e responder às preocupações da comunidade internacional e parar de usar armas cibernéticas para realizar espionagem e ataques cibernéticos globais.