A Exposição Internacional de Alimentos SIAL 2023 foi aberta na quinta-feira no Novo Centro de Exposições Internacionais de Shanghai.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) liderou uma delegação de 12 empresas brasileiras de vários setores de alimentos para participar da exposição, na esperança de oferecer aos consumidores chineses mais especialidades brasileiras locais e abrir novas oportunidades de cooperação agrícola entre a China e o Brasil.
A Shanghai Cape Food é especializada em vinhos, café e lanches brasileiros importados. De acordo com Zhon En, presidente da empresa, os consumidores chineses já conhecem amplamente os produtos brasileiros. Após a visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à China, a amizade entre a China e o Brasil se aprofundou ainda mais. À medida que o país asiático liberaliza gradualmente o acesso aos alimentos brasileiros, as interações comerciais entre os dois países se tornarão mais frequentes e, no futuro, a empresa planeja importar mais produtos do Brasil, como açúcar e pés de frango, para atender à demanda dos consumidores chineses.
A empresa brasileira de própolis Essenciale exibiu mel, cápsulas, bebidas energéticas e outros produtos apícolas.
Segundo Nivia Macedo Freire Alcici, presidente da empresa, com a melhoria dos padrões de vida, os consumidores chineses agora tendem a procurar alimentos especiais de alta qualidade, e os alimentos saudáveis são um de seus focos. A própolis brasileira tem uma qualidade única. Favorecidos pelos consumidores chineses, os produtos terão amplas perspectivas de mercado no futuro.
De acordo com Rodrigo da Matta, coordenador de Promoção Comercial da CNA, as exportações de commodities do Brasil para a China têm crescido de forma constante. "Estamos criando novas oportunidades por meio do nosso projeto Agro.BR, que visa promover a internacionalização dos empresários rurais brasileiros e apresentar mais produtos naturais brasileiros à China."
A CNA representa dois milhões de produtores agrícolas e pecuários brasileiros, buscando eliminar o processo intermediário para que eles negociem diretamente com os consumidores chineses, ao mesmo tempo em que oferece serviços de treinamento e certificação para tornar os produtos agrícolas brasileiros alinhados com as exigências do mercado chinês, explicou Rodrigo.
Rodrigo expressou otimismo sobre as perspectivas de cooperação econômica e comercial entre a China e o Brasil. Segundo ele, a abertura da China permitiu que mais produtos do exterior entrassem no mercado chinês, e é previsível que a quantidade de alimentos brasileiros importados pela China continue a aumentar no futuro. Ao mesmo tempo, as empresas agrícolas brasileiras também precisam de mais tecnologia e investimento, o que significa mais oportunidades para as empresas chinesas.