China contundente contra falsa narrativa dos EUA e Japão sobre política nuclear

Fonte: Diário do Povo Online    12.04.2024 09h45

A alegada preocupação expressa pelos Estados Unidos e pelo Japão sobre a política nuclear da China é uma narrativa falsa e deliberada. A China é resolutamente contra as alegações e não as aceitará, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, na quinta-feira.

Mao fez os comentários em uma coletiva de imprensa diária, quando solicitada a comentar uma declaração conjunta do presidente dos EUA, Joe Biden, e do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, na quarta-feira. A declaração insinua que a aceleração do aumento do arsenal nuclear pela China sem transparência representa uma preocupação para a estabilidade global e regional.

Mao sublinhou que a China segue uma política de "não usar primeiro" armas nucleares e se comprometeu a não usar armas nucleares contra Estados sem armas nucleares ou zonas livres de armas nucleares.

Observando que a China mantém sempre as suas capacidades nucleares no nível mínimo exigido pela segurança nacional, Mao disse que a China nunca se envolve em qualquer forma de corrida armamentista.

“Qualquer país, desde que não utilize armas nucleares contra a China, não se sentirá ameaçado pelas armas nucleares da China”, disse Mao.

Mao disse que os Estados Unidos possuem o maior e mais avançado arsenal nuclear do mundo. "Mesmo assim, insistem numa política nuclear de primeiro uso, elaboram estratégias de dissuasão nuclear contra outros estados e investem na atualização da sua tríade nuclear", acrescentou.

Os EUA retiraram-se de tratados e organizações relativas ao controlo de armas, reforçaram a aliança nuclear da NATO e expandiram a cooperação com aliados em tecnologias militares avançadas, disse a porta-voz.

O Japão, como vítima de explosões nucleares, em vez de instarem os Estados Unidos ao desarmamento nuclear, optam por confiar no guarda-chuva nuclear dos EUA para desenvolver capacidades avançadas de ataque e defesa com mísseis e trabalhar com os Estados Unidos no desdobramento avançado das suas forças estratégicas, disse Mao.

Tais decisões dos Estados Unidos e do Japão minaram o equilíbrio estratégico e a estabilidade na região e no mundo em geral, prejudicaram os processos internacionais de controlo de armas e desarmamento e perturbaram a paz e a tranquilidade regionais, prosseguiu.

“A comunidade internacional tem motivos para estar fortemente preocupada com esta situação”, asseverou Mao.

“Como diz um ditado chinês, faça a coisa certa antes de dizer aos outros o que fazer”, disse Mao, acrescentando que os Estados Unidos e o Japão precisam de refletir sobre o seu comportamento.

"Devem parar de minar o regime internacional de desarmamento nuclear e de não-proliferação nuclear, reduzir o papel das armas nucleares nas políticas de segurança nacionais e coletivas e agir de forma responsável pelo bem-estar do mundo", concluiu.

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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