Em meio à pressão comercial imposta pelo governo dos Estados Unidos devido às tarifas sobre produtos brasileiros, o Ministério da Fazenda do Brasil firmou acordos com Rússia e China para criar mecanismos permanentes de diálogo econômico e financeiro, publicados na segunda-feira no Diário Oficial da União, publicação oficial do governo federal brasileiro.
Os acordos visam fortalecer a cooperação em fóruns multilaterais como BRICS e G20, além de promover projetos conjuntos em áreas como infraestrutura e meio ambiente.
O acordo com a China dá continuidade aos entendimentos de 2024 e maio de 2025, quando os países se comprometeram a alinhar suas estratégias nacionais de desenvolvimento.
Do lado chinês, o compromisso está ligado à Iniciativa Cinturão e Rota; do lado brasileiro, aos programas Nova Indústria Brasil, Programa de Aceleração do Crescimento, Plano de Transformação Ecológica e Programa Rotas da Integração Sul-Americana.
O objetivo é promover projetos conjuntos e elevar a qualidade da cooperação econômica, contribuindo para a modernização de ambos os países e para uma integração regional sustentável.
O documento reafirma o papel da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Consulta e Cooperação (COSBAN) como principal órgão de coordenação das ações bilaterais.
O acordo com a Rússia, assinado pelo ministro da Fazenda brasileiro Fernando Haddad e pelo ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, estabelece formalmente um diálogo econômico-financeiro bilateral, concebido como canal estável de comunicação entre os ministérios dos dois países.
A proposta é reunir especialistas, trocar informações técnicas e integrar as discussões às atividades já conduzidas pela Comissão Intergovernamental de Cooperação Econômica, Comercial, Científica e Tecnológica Brasil-Rússia.