Moçambique foi removido na última sexta-feira da lista cinza do Grupo de Ação Financeira Internacional (FATF, em inglês), marcando um progresso nos esforços do país para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo.

A ministra das Finanças, Carla Loveira, disse que a decisão melhora a imagem do país nos círculos financeiros domésticos e internacionais. Ela observou que o principal desafio à frente é garantir a sustentabilidade através da contínua implementação do plano nacional de ação contra a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo.

Loveira afirmou que as medidas relacionadas devem se tornar parte das práticas de governança de longo prazo, em vez de ações tomadas apenas para sair da lista cinza.

A Confederação das Associações Econômicas de Moçambique disse que a remoção é um marco que melhorará a reputação internacional do país, aprimorará o ambiente de negócios e facilitará as transações bancárias internacionais. A organização espera que a mudança facilite o acesso das empresas a financiamentos estrangeiros e potencialmente reduza as taxas de juros.

A reunião plenária do FATF foi realizada de 22 a 24 de outubro em Paris, onde Burkina Fasso, Moçambique, Nigéria e África do Sul foram removidos da lista cinza.

Estabelecido em 1989 e sediado em Paris, o FATF é um órgão intergovernamental que estabelece padrões globais para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo. Moçambique havia sido incluído na lista cinza em 2022.