
Impulsionado por um aumento nas exportações para a China, o Brasil atingiu níveis recordes de exportações, importações e fluxos comerciais até outubro deste ano, apesar de uma forte queda nas vendas para o mercado dos EUA.
De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), as exportações brasileiras totalizaram US$ 31,98 bilhões em outubro, um aumento de 9,1% em comparação ao mesmo mês de 2014, enquanto as importações caíram 0,8%, para US$ 25,01 bilhões.
Isso resultou em um superávit comercial de US$ 6,97 bilhões, um salto de 70,2% em comparação a outubro do ano anterior.
O resultado positivo do mês deve-se principalmente ao aumento das exportações para a China, cujas importações de produtos brasileiros cresceram 33,4% em outubro, atingindo US$ 9,21 bilhões. O gigante asiático consolidou, assim, sua posição como principal parceiro comercial do Brasil, compensando amplamente a queda nas vendas para os EUA.
Em contrapartida, as exportações para os EUA despencaram 37,9%, totalizando US$ 2,2 bilhões, uma redução de US$ 1,4 bilhão em comparação a outubro de 2014. O Brasil registrou um déficit comercial de US$ 1,76 bilhão com os EUA em outubro, após importar US$ 3,98 bilhões, um aumento de 9,6% em relação ao ano anterior.
As exportações brasileiras também cresceram para outros destinos: 5,8% para a Argentina (US$ 1,64 bilhão) e 4,5% para a União Europeia (US$ 4,62 bilhões).
De janeiro a outubro, as exportações totais do Brasil atingiram US$ 289,73 bilhões, um aumento de 1,9% em comparação ao mesmo período de 2014, enquanto as importações alcançaram US$ 237,33 bilhões, um aumento de 7,1%. Assim, o fluxo comercial total (exportações e importações) atingiu US$ 527,06 bilhões, com um superávit comercial acumulado de US$ 52,395 bilhões.
Por setor, as exportações agrícolas cresceram 21% em outubro, as exportações da indústria extrativa avançaram 22% e as exportações da indústria de transformação aumentaram 0,7%. No acumulado do ano, as exportações agrícolas cresceram 3,6%, as exportações industriais subiram 3,2% e as exportações da indústria extrativa caíram 2,9%.
O MDIC destacou que o forte desempenho do comércio exterior reforça a resiliência da economia brasileira, impulsionada pela demanda chinesa por produtos agrícolas, minerais e bens industriais.