A China lamenta profundamente a demolição de um monumento às contribuições da China para o Canal do Panamá por um governo local no Panamá e apresentou protestos ao lado panamenho, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, na segunda-feira.
A China pediu ao lado panamenho que investigue a fundo o assunto, corrija prontamente os atos equivocados do governo local em questão e elimine os impactos negativos em tempo hábil, disse Lin em uma coletiva de imprensa diária.
De acordo com relatos da mídia, o monumento foi demolido no fim de semana por ordem das autoridades locais, que afirmaram que o mesmo apresentava danos estruturais que representavam um risco à segurança.
Observando que os intercâmbios amistosos entre os povos da China e do Panamá datam de longo prazo, Lin disse que o monumento era uma testemunha e um memorial da amizade histórica entre a China e o Panamá, bem como da enorme contribuição dos trabalhadores chineses que atravessaram os oceanos até o Panamá no século XIX para ajudar a construir a Ferrovia dos Dois Oceanos e o Canal do Panamá, alguns dos quais pagaram com suas vidas durante a construção.
Lin acrescentou que o monumento também é um reconhecimento da integração dos chineses às comunidades locais, e que a demolição forçada é uma medida de natureza gravemente ultrajante.
"Isso fere profundamente os sentimentos da extensa comunidade chinesa no Panamá e vai contra o impulso geral da amizade entre a China e o Panamá", afirmou.
A China observou que a demolição forçada provocou indignação no Panamá, disse Lin, acrescentando que o presidente panamenho José Raúl Mulino condenou publicamente a medida. "O gabinete presidencial ordenou a imediata reconstrução do monumento no local original", afirmou.
Lin enfatizou que a China solicitou ao Panamá que investigue a fundo o assunto, corrija a ação indevida do governo local e reverta o impacto negativo o mais rápido possível.
