BEIJING, 16 fev. (Diário do Povo Online) –Apesar das dificuldades atuais enfrentadas pelos países do BRICS, seus fundamentos econômicos permanecem inalterados e uma melhor cooperação irá ajudá-los a lidar com os desafios globais, disse Zhu Guangyao, vice-ministro das Finanças.
Em um artigo publicado ontem (15) no "Diário Econômico", Zhu admitiu que a desaceleração da economia mundial e as flutuações nos fluxos de capital estão afetando negativamente o bloco composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
No entanto, essas nações não vão se tornar menos atrativas, disse Zhu, se referindo a uma série de fatores, incluindo a escada econômica e a cooperação dentro do bloco.
"As economias emergentes, especialmente os países do BRICS, são a força motriz do cenário global", escreveu ele.
O BRICS representa mais de 20% da economia mundial e este valor deverá chegar a 25% até 2020, disse ele. 40% da população mundial vive nos países que compõem o bloco.
Como produtor e consumidor, o BRICS vai continuar a desempenhar seu papel positivo e contribuir ainda mais para o crescimento global, disse Zhu.
Além disso, uma melhor cooperação econômica, financeira, cultural e política promoverá o desenvolvimento integrado dos países, acrescentou.
Para a China, a reforma econômica e a abertura vão assegurar o cumprimento das metas de crescimento saudável e sustentável para o período 2016-2020, disse Zhu.
A economia chinesa cresceu 6,9% em 2015, a menor taxa dos últimos 25 anos.
No mês passado, o Banco Mundial reduziu a sua previsão de crescimento para a economia global em 2016 para 2,9%, ou seja, 0,4 pontos percentuais menor que a sua previsão do mês de Junho de 2015.
Em 2016, o crescimento mundial, em especial nas economias emergentes, dependerá do impulso contínuo dos países de renda alta, da estabilização dos preços das commodities e da transição gradual da China para um modelo de crescimento baseado mais no consumo e nos serviços, indicou o banco.
Edição: Rafael Lima