Beijing, 9 abr (Xinhua) -- Cientistas chineses fizeram um avanço em criar células-tronco com um coquetel de duas substâncias químicas que pode induzir células somáticas maduras para que se tornem de volta em células-tronco pluripotentes.
O estudo de cientistas dos Institutos de Biomedicina e Saúde de Guangzhou, subordinados à Academia Chinesa de Ciências, ajudará no entendimento sobre o destino das células e poderá ser aplicado na medicina regenerativa, disse o pesquisador-chefe Pei Duanqing.
Os cientistas do mundo estão procurando "chaves" que permitam aos seres humanos regenerar tecidos ou órgãos perdidos devido a uma enfermidade ou ferimento, como uma lagartixa, cujo rabo volta a crescer.
As células-tronco podem se autorrenovar ou multiplicar e ao mesmo tempo mantêm o potencial de se desenvolver em outros tipos de células. Elas podem se tornar células do sangue, coração, ossos, pele, músculo, cérebro ou outras partes do corpo. São ferramentas de pesquisa valiosas e podem, no futuro, ser usadas para tratar uma ampla variedade de doenças.
Mas como podemos conseguir suficientes células-tronco?
Os cientistas em torno do globo tentaram métodos diferentes para induzir células somáticas em células-tronco. O Nobel japonês Shinya Yamanaka utilizou um vírus como um carregador para gerar células-tronco induzidas, mas se acredita que esse método tenha um alto risco de causar câncer.
Os cientistas chineses levaram cinco anos desenvolvendo um método de indução química, que é mais eficiente, mais simples e mais segura.
"O destino das células é determinado pela estrutura de cromatina no núcleo delas", disse Liu Jing, membro da equipe de pesquisa. "Usamos pequenas substâncias químicas moleculares para reprogramar as células somáticas manipulando a estrutura de cromatina, do padrão da célula somática para o da célula-tronco."
Ensopar diversas células somáticas nas substâncias químicas pode induzi-las para se tornar células-tronco pluripotentes, incluindo a célula hepática, que é difícil de ser reprogramada por outros métodos, acrescentou Liu.
O estudo foi publicado na mais recente edição da Cell Stem Cell.