O Administração do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) disse em 29 de julho que um motim eclodiu em uma prisão no norte do estado, matando 57 prisioneiros.
A Administração Penitenciária emitiu um comunicado no mesmo dia em que o motim ocorreu, no Centro de Recuperação Regional de Altamira, Pará, que durou cerca de cinco horas e deixou ao menos 57 mortos. Dois guardas foram feitos reféns ao meio-dia e liberados em seguida.
De acordo com o comunicado, às 7h da manhã, quando o café da manhã foi servido, um grupo de prisioneiros, integrantes do Comando Classe A (CCA) invadiu uma cela onde estavam membros de uma facção oposta, o Comando Vermelho (CV). O conflito eclodiu entre os dois lados e algumas pessoas atearam fogo.
Até o presente momento estima-se que 57 presos foram mortos. Alguns dos prisioneiros morreram sufocados com a fumaça, 16 deles foram decapitados.
Segundo publicou a Folha de São Paulo, o superintendente do Susipe, Jarbas Vasconcelos, acredita que os agentes feitos reféns foram rapidamente liberados porque o objetivo não era um protesto voltado ao sistema prisional, mas um acerto de contas entre as duas facções.
O professor de pós graduação em segurança da Universidade Federal do Pará, Edson Ramos, que também é associado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lembrou que o sistema de inteligência da polícia tem coibido esse tipo de motim, alterando os horário de refeições, visitas, transferências, bem como separado os presos.
O professor acrecentou ainda que o caso de segunda-feira foi uma exceção, uma disputa cruel realizada entre grupos rivais dentro do sistema carcerário.