Planos para linhas maglev de alta velocidade, com trens circulando a velocidades de 600km/h estão tomando forma em mais cidades chinesas, com o intuito de reforçar a integração regional e o crescimento econômico, segundo analistas do setor dos transportes.
Chengdu, a capital da província de Sichuan, está considerando uma linha maglev de alta velocidade com uma velocidade máxima de 800km/h com ligação à vizinha Chongqing, de acordo com o mais recente plano de desenvolvimento da cidade.
As linhas, que usam ímanes para fazer flutuar um trem-bala sobre os carris, deverão reduzir o tempo de viagem entre as duas cidades para meia hora. Atualmente a mesma viagem leva 1h13m a ser completada, a bordo de trens circulando a 350km/h.
Wuhan, a capital da província de Hubei, está também considerando a aposta nos trens maglev, com o China Railway Siyuan Survey and Design Group, uma subsidiária da China Railway Construction Corp localizada na cidade, a prever o início das construções no próximo ano, segundo o jornal Wuhan Evening News.
Ume equipe liderada pela Academia Chinesa de Engenharia está também levando a cabo um estudo para a construção de uma linha maglev na região da grande baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, com uma velocidade máxima projetada de 600km/h, segundo He Huawu, vice-presidente da academia, em declarações de julho de 2019 na Convenção Mundial de Transportes, em Beijing.
Jia Limin, professor da Universidade Jiaotong de Beijing e líder do programa de inovação de ferrovias de alta velocidade da China, afirmou que as velocidades praticadas nas linhas maglev eram próximas da velocidade cruzeiro dos aviões. Sem carris, os trens podem atingir elevadas velocidades ao percorrerem um tubo de vácuo com pouca resistência ao ar.
“O maglev é o futuro dos trens ultrarrápidos, pois é rápido, seguro, confiável e tem baixos custos de manutenção”, disse Jia. “Pode suprir a lacuna entre a rede ferroviária de alta velocidade e a aviação”.