O fato de Taiwan fazer parte da China é um fato histórico e legal que não pode ser alterado e é um status quo que não pode ser contestado, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, na quinta-feira (11).
Qualquer prática que resista à reunificação da China será frustrada, disse ele.
Wang fez os comentários depois que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse em uma entrevista recente que Washington tem compromissos sob a chamada Lei de Relações com Taiwan para garantir que Taiwan tenha a capacidade de se defender, e os EUA e seus aliados tomarão medidas contra movimentos unilaterais para usar a força para alterar o status quo em Taiwan.
Os comentários de Blinken foram feitos depois que uma delegação de legisladores dos EUA fez uma visita à ilha por um avião militar americano na noite de terça-feira (9).
Essas declarações desconsideram os fatos e vão contra a jurisprudência internacional, disse Wang em uma entrevista coletiva diária.
A “Lei de Relações com Taiwan” formulada unilateralmente pelos EUA viola os compromissos que Washington assumiu nos três comunicados conjuntos China-EUA e coloca as leis domésticas acima das obrigações internacionais, o que é ilegal e inválido, avaliou Wang.
"A China nunca permitirá que os EUA infrinjam a soberania da China ou interfiram em seus assuntos internos sob qualquer pretexto", disse ele, instando Washington a agir com cautela e parar de enviar quaisquer sinais errados às forças da "independência de Taiwan".
Wang reiterou que existe apenas uma China no mundo e o princípio de uma China é uma norma reconhecida universalmente que rege as relações internacionais e um consenso amplamente aceito pela comunidade internacional.
A causa raiz da tensão atual no Estreito de Taiwan é que as autoridades de Taiwan e um punhado de forças separatistas de "independência de Taiwan" tentam negar e desafiar o princípio de uma China e expandir o espaço para atividades de "independência de Taiwan", disse Wang.
O governo chinês e a comunidade internacional se opõem às medidas, disse Wang, acrescentando que qualquer tentativa de desafiar o princípio de uma só China e apoiar as atividades separatistas da "independência de Taiwan" terminará em fracasso.
Também na quinta-feira, Zhu Fenglian, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, alertou as autoridades lideradas pelo Partido Democrático Progressista de Taiwan que qualquer movimento provocativo em conluio com forças externas pela "independência" não terá sucesso.