O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, alertou nesta quinta-feira que a Ásia enfrenta novos desafios, como a tendência de criar divisão e confronto através da "construção de muros" e da "dissociação".

Embora a Ásia tenha permanecido uma região com maior vitalidade e potencial de desenvolvimento no mundo, existem duas tendências divergentes na região: uma é buscar conjuntamente o desenvolvimento e a prosperidade através da confiança e cooperação mútuas, enquanto a outra é criar divisão e confronto através da "construção de muros" e da "dissociação", disse.

Em entrevista à Xinhua e ao China Media Group sobre a situação internacional e a diplomacia da China em 2021, Wang enfatizou que é importante que os países asiáticos permaneçam atentos, se mantenham firmes em suas posições e façam a escolha certa que sirva a seus interesses fundamentais e de longo prazo.

"Não devemos permitir que nenhum país fora desta região estimule o confronto em bloco na região e impulsione a Ásia para uma nova guerra fria, ... para minar a estrutura de cooperação regional existente e o processo de integração regional e substituí-los por um de sua própria concepção, ... para causar uma corrida armamentista na região ou mesmo a proliferação de armas nucleares e ameaçar a segurança e a estabilidade na Ásia", explicou.

O ano de 2021 tem sido um ano de progresso e safra para a China e outros países asiáticos, disse Wang.

A China e os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) se uniram na luta contra a COVID-19, intensificando a cooperação em economia digital, economia azul e economia verde, afirmou.

A Parceria Econômica Abrangente Regional foi assinada e entrará em vigor em breve, e a conectividade em toda a região foi acelerada, disse.

Wang observou que a questão do Mar do Sul da China tem sido efetivamente gerenciada no âmbito da Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar do Sul da China, e que a liberdade de navegação e sobrevoo foi protegida de acordo com a lei.

A China tem se mantido em estreita coordenação com os países da região em questões importantes como o Afeganistão e Mianmar, salvaguardando em conjunto a estabilidade nesta parte do mundo, disse.