Os Estados Unidos devem abandonar seus padrões duplos hipócritas e parar de interferir nos assuntos internos da China em nome da liberdade, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, nesta quinta-feira.
O porta-voz fez os comentários em resposta às declarações do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que supostamente pediu às autoridades chinesas que parem de mirar na mídia livre e independente de Hong Kong.
Zhao disse que desde a implementação da Lei de Salvaguarda da Segurança Nacional, Hong Kong voltou ao caminho certo de desenvolvimento e a liberdade de imprensa foi melhor protegida em um ambiente seguro e estável com o Estado de Direito. "Este é um fato que não pode ser negado por ninguém desprovido de preconceitos".
Ele disse que apoiar a liberdade de imprensa é apenas uma falsa pretensão usada pelos Estados Unidos para servir à sua verdadeira agenda de desestabilizar Hong Kong.
A liberdade de imprensa nos Estados Unidos se deteriorou, disse Zhao, citando relatórios que mostram que pelo menos 117 jornalistas foram presos ou detidos em 2020 no país, um aumento impressionante de 1.200% em relação a 2019.
Enquanto isso, as ações legais tomadas pela polícia de Hong Kong para prender indivíduos suspeitos de conspirar com o objetivo de divulgar publicações sediciosas e congelar bens relevantes são ações necessárias da justiça para salvaguardar o Estado de Direito e a ordem pública em Hong Kong, disse Zhao. Isso não tem nada a ver com a liberdade de imprensa ou de expressão, acrescentou.
"Hong Kong é uma sociedade com Estado de Direito onde os direitos e liberdades legais dos residentes, incluindo a liberdade de imprensa e de expressão, são totalmente protegidos. Dito isto, a liberdade de imprensa e expressão não deve ser usada para proteger atos criminosos", disse ele, acrescentando que os profissionais de mídia na Região Administrativa Especial de Hong Kong devem cumprir estritamente as leis chinesas e de Hong Kong e os infratores arcarão com as consequências legais.
Zhao enfatizou que nenhum país, organização ou indivíduo tem o direito de se intrometer nos assuntos de Hong Kong. Algumas forças externas estão distorcendo os fatos na tentativa de confundir o público ao criticar injustificadamente as justificadas atividades de aplicação da lei na Região Administrativa Especial de Hong Kong sob o disfarce de liberdade de imprensa.