A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta terça-feira o cancelamento, pelo segundo ano consecutivo, de seu famoso carnaval de rua que costuma atrair milhões de pessoas, devido ao aumento de casos de COVID-19 na cidade.
O prefeito Eduardo Paes explicou que a decisão foi tomada depois de uma reunião com os representantes dos "blocos", grupos que são seguidos por milhares de pessoas pelas ruas da cidade. Este ano, estavam previstos 620 desfiles de 506 blocos no Rio de Janeiro entre fevereiro e março.
"Os representantes dos blocos foram informados que, lamentavelmente, não poderemos ter um carnaval de rua igual ao realizado em 2020", disse Paes em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais. Segundo ele, o aumento de casos da COVID-19 na cidade e o pouco tempo para preparar as estruturas necessárias para os desfiles dos blocos levaram à suspensão do carnaval de rua.
"Há muita coisa envolvida, principalmente quando se trata de logística e segurança. É importante realizar todo o planejamento com antecedência para o carnaval de rua, o que não conseguimos garantir nesse momento", acrescentou.
Segundo Paes, a prefeitura sugeriu realizar o carnaval de rua em apenas três pontos da cidade, algo rejeitado pelos blocos, já que cada um tem seu percurso habitual e não quer deixar "seu território, há toda uma história".
Não obstante, a prefeitura carioca assegurou a realização dos famosos desfiles das Escolas de Samba no Sambódromo da Avenida Marquês de Sapucaí, que, assim como o dos blocos, tinham sido cancelados no ano passado.
"O carnaval de rua é diferente do carnaval do sambódromo, Na Sapucaí, teremos o carnaval porque lá é mais fácil de fazer um controle de entrada", explicou Eduardo Paes.
O carnaval do Rio de Janeiro é considerado a maior festa ao ar livre do mundo, com milhões de pessoas seguindo os blocos nas ruas e tem seu auge no desfile das Escolas de Samba, diante de arquibancadas lotadas por cerca de 60 mil pessoas.