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"Rota da Seda Digital" cria novas oportunidades

Fonte: Diário do Povo Online    18.10.2022 16h32

Lin Zihan

Em 23 de junho de 2020, a China lançou com sucesso o Beidou-3, o último satélite de redes globais, com um foguete Longa Marcha-3B, no Centro de Lançamento de Satélites de Xichang. Foto: Liu Huaiyu, Diário do Povo Online

Desde a proposta oficial de construção em 2017, a "Rota da Seda Digital", defendida pela China, continuou a ajudar os países ao longo do "Cinturão e Rota" a promover a construção de infraestruturas digitais, aumentar a taxa de penetração da Internet e a promover a interconexão de redes digitais, visando contribuir para o crescimento econômico e a digitalização dos países relevantes. A transformação cria novas oportunidades e promove continuamente a inovação e o desenvolvimento da construção da iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota”.

A economia digital é um importante motor de recuperação e crescimento econômico global e uma das principais áreas de cooperação em iniciativas de desenvolvimento global. Para promover a construção da "Rota da Seda Digital", a China detém uma boa base industrial e amplo espaço de mercado.

De acordo com dados do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, de 2017 a 2021, a escala da economia digital da China cresceu de 27 trilhões de yuans para mais de 45 trilhões de yuans, ocupando o segundo lugar no mundo, com uma taxa de crescimento anual composta de 13,6%. De acordo com um relatório divulgado recentemente pela Administração do Ciberespaço da China, a capacidade de inovação em tecnologia digital da China melhorou rapidamente nos últimos anos. Tecnologias emergentes como inteligência artificial, computação em nuvem, big data, blockchain e informações quânticas na China ficaram em primeiro lugar no mundo.

Com base nisso, a cooperação econômica digital da China, com países e regiões ao longo do “Cinturão e Rota”, continua a ser aprofundada e a compartilhar dividendos de desenvolvimento. A China assinou memorandos de entendimento sobre a cooperação na "Rota da Seda Digital" com 17 países, estabeleceu um mecanismo de cooperação bilateral "Comércio eletrônico da Rota da Seda" com 23 países e instalou um total de 34 cabos terrestres transfronteiriços de comunicação com países vizinhos.

Nos últimos anos, os produtos e serviços de tecnologia da informação, software e hardware da China têm sido amplamente utilizados nos mercados de países e regiões ao longo do "Cinturão e Rota", e diversos projetos de cooperação foram implementados, desempenhando localmente um papel preponderante.

Gigantes de tecnologia chineses, como Alibaba e Baidu, fizeram grandes incursões nos mercados de negócios e telecomunicações no continente africano. Ao mesmo tempo, há a Huawei, considerada por especialistas do setor como líder global em redes 5G e uma das maiores fornecedoras mundiais de equipamentos de telecomunicações. Em 2018, a Huawei se tornou uma das primeiras empresas de tecnologia totalmente estrangeiras no Catar, promovendo o desenvolvimento da tecnologia 5G local. Em 2019, a Huawei assinou um acordo de cooperação com a Zain, uma importante operadora de telecomunicações saudita, para a construção do primeiro projeto de LAN 5G no Oriente Médio e Norte da África. Várias empresas de telecomunicações dos Emirados Árabes Unidos cooperaram também com a Huawei em serviços de rede 5G. A Huawei lançou o North Africa Open Lab no Cairo, Egito, e o centro de P&D estabeleceu parcerias com diversas universidades para fornecer treinamento a estudantes locais.

No Quênia, o aplicativo "carteira móvel", desenvolvido pela cooperação China-África, tornou-se uma ferramenta indispensável para os usuários locais transferirem, pagarem, receberem e emprestarem. Com o apoio de técnicos chineses, o aplicativo está funcionando de forma estável, tendo a taxa de sucesso nos negócios melhorado consideravelmente. De acordo com dados divulgados pelas operadoras de telecomunicações do Quênia em março deste ano, o "Mobile Wallet" conta com 30 milhões de usuários ativos mensais no Quênia.

O sistema de navegação chinês por satélite "Beidou" está também participando nos setores de agricultura, telecomunicações, monitoramento marítimo e ajuda em desastres ao longo do "Cinturão e Rota". Segundo relatos, a China exportou produtos relacionados ao sistema de satélite Beidou para cerca de 120 países e regiões, incluindo países membros da iniciativa "Cinturão e Rota". Países do Sudeste Asiático, como Tailândia e Laos, estão usando ativamente o sistema de satélite Beidou na agricultura. A China estabeleceu uma rede de estações terrestres do sistema de navegação Beidou no Paquistão.

Atualmente, alguns países e regiões ao longo do "Cinturão e Rota" enfrentam ainda problemas como infraestruturas digitais fracas e baixa proporção de acesso à Internet. A China intensificou os esforços para apoiar esses países e regiões na construção de infraestruturas digitais, sendo que deverão ser criadas novas oportunidades e pontos de crescimento para o seu desenvolvimento econômico. Atualmente, a primeira rede comercial independente 5G da África foi construída pela África do Sul, em cooperação com a China. O Centro Nacional de Dados do Senegal tem também sido financiado e apoiado tecnicamente pela China

Em janeiro de 2022, o Conselho de Estado emitiu o “14º Plano Quinquenal para o Desenvolvimento da Economia Digital”, propondo o apoio a empresas chinesas de economia digital a “se globalizarem” e participarem ativamente na cooperação internacional. No futuro, a China aumentará a cooperação internacional na economia digital e criará um ambiente favorável para que a indústria digital “se torne global”, melhorando ainda mais o ambiente institucional. “A China tem feito esforços para resolver problemas complexos relacionados à economia digital e pode trazer soluções para o desenvolvimento global", pode ler-se num artigo do site oficial do Fórum Econômico Mundial.

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