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Diálogo e construção de confiança são a chave para acabar com a crise na Ucrânia, diz enviado chinês

Fonte: Diário do Povo Online    19.05.2023 10h21

O enviado chinês Li Hui se reuniu com o ministro das Relações Exteriores Dmytro Kuleba

A China reafirmou sua posição sobre um acordo político para a crise na Ucrânia e pediu a várias partes que criem as condições para um cessar-fogo e negociações de paz, enquanto seu representante especial para assuntos da Eurásia, Li Hui, encerrou sua visita a Kiev na quarta-feira (17).

Durante sua visita de dois dias, Li manteve conversas separadas com o presidente Volodymyr Zelensky, o ministro das Relações Exteriores Dmytro Kuleba e outros altos funcionários ucranianos.

Os dois lados concordaram em trabalhar juntos para manter a tradição de respeito mútuo e promover uma cooperação mutuamente benéfica.

A visita de Li ocorreu três semanas depois que o presidente Xi Jinping disse a Zelensky que a China enviaria um representante a Kiev, durante sua primeira conversa telefônica desde o início do conflito. A agenda de Li engloba também visita à Polônia, França, Alemanha e Rússia.

"Não há panaceia para resolver a crise. Todas as partes necessitam fazer sua parte para construir a confiança mútua, criando condições para negociações de paz e eliminando o conflito", disse Li num comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

A China gostaria de encorajar a comunidade internacional a encontrar o mais amplo entendimento comum sobre a solução da crise na Ucrânia e fazer sua contribuição para restaurar a paz, afirmou ele.

A China sempre desempenhou um papel construtivo em aliviar a situação humanitária na Ucrânia à sua maneira e continuará a fornecer assistência ao país dentro de sua capacidade, acrescentou Li.

De acordo com o comunicado, o lado ucraniano afirmou atribuir grande importância ao papel da China em assuntos internacionais como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CNSU), e saúda o desempenho de um papel ativo de Beijing na pressão para acabar com as hostilidades e restaurar a paz.

A Ucrânia sempre adere ao princípio de Uma Só China e está disposta a trabalhar em conjunto com a China para promover o desenvolvimento contínuo e mais amplo das relações bilaterais, enfatizou o comunicado.

Em resposta à expansão da OTAN durante a crise na Ucrânia, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse em entrevista coletiva na quinta-feira (18) que a Ucrânia não deve ser transformada em fronteira no confronto de grandes potências.

“Nas circunstâncias atuais, todos os lados precisam manter a calma, exercer moderação e evitar qualquer ação que possa agravar ou complicar ainda mais a crise”, acrescentou.

Xu Poling, diretor do Departamento de Economia Russa no Instituto de Estudos Russos, do Leste Europeu e da Ásia Central da Academia Chinesa de Ciências Sociais, observou que a visita de Li é um exemplo da diplomacia pacífica da China, demonstrando o compromisso consistente de Beijing com a solução pacífica da crise da Ucrânia.

Alcançar a paz não é tarefa fácil, mas há sempre esperança, disse Xu.

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