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Mário Soares, o “pai da democracia” portuguesa, morre aos 92 anos

Fonte: Diário do Povo Online    09.01.2017 14h11
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Mário Soares, conhecido no seu país como o “pai da democracia” (embora o próprio se esquive do título), antigo primeiro-ministro e presidente de Portugal, faleceu em Lisboa, no dia 7 de janeiro, aos 92 anos.

Em Portugal, foi decretado luto nacional durante três dias, com início no dia 9, sendo as cerimónias fúnebres realizadas na capital no dia 10 de janeiro.

Soares nasceu em dezembro de 1924, em Lisboa. É durante o ensino secundário que sob influência de professores, decide enveredar pela política, formando-se posteriormente na Faculdade de Direito de Lisboa.

Em 1973, ajuda a fundar o Partido Socialista Português, na Alemanha. Os socialistas estão atualmente à cabeça do governo em Portugal, cabendo a liderança do partido ao primeiro-ministro António Costa.

Mário Soares foi chefe de Governo de Portugal entre 1976 e 1978, após o fim da ditadura, voltando a exercer o mesmo cargo entre 1983 e 1985, promovendo, desta feita, a junção de Portugal à União Europeia — Comunidade Económica Europeia.

Em 1986, o então primeiro-ministro português afastou-se do cargo assim que Soares assumiu o papel de Presidente da República, posição que ocupou até 1996.

Em 1999, Soares tornou-se também membro do Parlamento Europeu.

Mário Soares candidatou-se à presidência da República novamente em 2006, na altura com 81 anos, mas não venceu nas eleições.

O antigo primeiro-ministro português, e atual Secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou Soares pelo seu esforço e dedicação à Europa e pelo bom relacionamento que mantinha com vários líderes internacionais.

O presidente francês, François Hollande, considerou Soares como um “grande líder europeu” que “encaminhou a sua vida para a liberdade e justiça”.

O atual primeiro-ministro de Portugal, António Costa, afirmou que “Portugal perdeu o rosto e o porta-voz da liberdade”, acrescentando que a vida de Soares foi marcada pela luta pela liberdade no período do Estado Novo em Portugal, e que as suas conquistas na história são insubstituíveis.

Em dezembro de 2016, o estado de saúde de Soares agravou-se, tendo desde então permanecido internado no hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, sem apresentar sinais de melhoria.

Nos finais de dezembro novas complicações induziram à entrada em coma profundo, que posteriormente culminariam com a sua morte, devido a complicações no sistema respiratório.


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