As interações econômicas e comerciais normais entre a China e a Rússia não devem ser usadas como uma ferramenta para difamar e conter a China e, a China pediu aos Estados Unidos que parem imediatamente de aplicar sanções unilaterais ilegais e desempenhem um papel construtivo para acabar com o conflito Rússia-Ucrânia e restaurar a paz, disse Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, na quinta-feira.
Lin fez as declarações em uma entrevista coletiva regular em resposta a uma pergunta da mídia sobre um novo pacote de sanções anti-Rússia dos EUA que abrange mais de 300 empresas, bancos e dezenas de indivíduos da Rússia e de outros países, incluindo a China.
Segundo o porta-voz, a cooperação mutuamente benéfica entre a China e a Rússia é inerentemente lógica e altamente resiliente e, é dos interesses de ambos os países.
"A China opõe-se firmemente a todas as sanções unilaterais e à jurisdição de longo braço. As interações econômicas e comerciais normais entre a China e a Rússia não devem ser interferidas ou interrompidas, muito menos ser usadas como uma ferramenta para difamar e conter a China", destacou Lin.
Em relação à crise na Ucrânia, está bem claro para a comunidade internacional quem está pedindo diálogo e lutando pela paz e quem está alimentando a luta e incitando o confronto, observou Lin.
Os Estados Unidos, por um lado, continuam a despejar armas e munições na Ucrânia, mas, por outro lado, transferem a culpa de minar a paz e prolongar a crise para outros países, ressaltou Lin, acrescentando que até mesmo veem a crise como uma oportunidade para aplicar sanções e reprimir outros.
"Tudo isso revela os cálculos e a hipocrisia de Washington e como ele é um valentão", de acordo com o porta-voz.
As sanções unilaterais dos EUA criaram vítimas em todo o mundo, minaram gravemente a soberania e a segurança de outros países, causaram tragédias humanitárias e interromperam as cadeias industriais e de suprimentos, disse Lin.
Ele apontou que, desde a escalada da crise da Ucrânia, os Estados Unidos até dobraram as sanções. Usar o grande bastão das sanções não resolve os problemas, sublinhou Lin, acrescentando que isso será apenas uma grande fonte de riscos para o mundo.
"A China não criou e não é parte da crise na Ucrânia, e não aceitaremos difamações, pressões ou transferências de culpa", enfatizou Lin.
Conforme ele, a China tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas e cidadãos chineses.